Somos
constantemente advertidos pelas nossas carências de que algo nos falta, algo
que nos faça suprimir as carências que nos são impostas pelo progredir das
nossas vidas. Procuramos esse algo em tanto, que de tanta procura acabamos
sucumbindo às nossas fraquezas, mas esquecemos que o pouco que temos é o quanto
basta para nos entendermos, resolvendo assim a nossa falta de algo que nos
preencha.
Podemos não
entender como é que tão pouco poderá ser muito ou o suficiente para
sustentarmos este nosso ser e é ai que as palavras surgem, compondo conversas
versáteis, na tentativa de nos ser apresentada uma forma de encarar a vida.
Corremos lugares e sonhos nesses momentos que compartilhamos, onde aprendemos,
tomando tudo como um esforço conjunto em que somos parte do mesmo e tudo parece
ser menos complexo. Os sorrisos surgem aleatoriamente, os risos também e as
carências são superadas para delírio nosso, sendo que ai corremos em cima do
risco e desdobramo-nos em loucuras que só seriam possíveis com tão pouco.
Há quem chame-lhe utopia mas eu chamo-lhe de amizade, tão pouco mas bom por demais.